Saber comunicar a informação de forma eficaz
Apresentações orais
I.
ESTRUTURA
DA APRESENTAÇÃO ORAL
No caso de um relatório, deve começar-se a apresentação oral
com “este é o problema” e terminar
com “esta é a solução”. De referir
que, não é necessário explicar
minuciosamente tudo o que foi dito no trabalho escrito.
1.1.
Introdução
Os primeiros minutos são fundamentais para convencer os
ouvintes sobre a pertinência do problema. Assim, deve ser situado o problema e
demonstrada a sua importância e interesse através da referência a investigações
de outros autores, ainda que de forma moderada, uma vez que não devem ser
feitas muitas citações.
1.2.
Material e
métodos
Não devem ser expostos todos os detalhes do trabalho -
observações e/ou experiências – mas apenas o que é fundamental.
1.3.
Resultados
Devem ser apresentados somente os resultados finais (sintetizados) e de entre estes, apenas os mais
importantes. Devem evitar-se igualmente gráficos em excesso.
1.4.
Discussão
Ir comentando os resultados à medida que vão sendo enumerados
é uma maneira adequada de poupar tempo e manter a assistência atenta.
A exposição deve terminar com a referência à interpretação
dos resultados obtidos, sem que seja necessário repeti-los de novo. De referir,
contudo, que a redundância é importante na comunicação oral, pelo que a
repetição de palavras ou ideias constitui uma forma de impregnar nos ouvintes a
mensagem a ser transmitida.
Os termos técnicos devem ser explicados e os conceitos usados
definidos.
II.
ANTES DA
APRESENTAÇÃO
“Mas o que
é que eu ia dizer a seguir?”
Para evitar este constrangimento, a sequência da apresentação deve ter por base diapositivos
que vão fornecendo a pista para o que deve ser dito (pode também recorrer-se a
um guião com os tópicos enumerados sequencialmente ou palavras-chave da mensagem
a transmitir). É importante ensaiar a
exposição e verificar o tempo gasto com a mesma, de modo a cumprir o tempo
atribuído.
III.
DURANTE A
APRESENTAÇÃO
Os tópicos devem ser apresentados e não lidos de forma a
prender a atenção da audiência (os ouvintes começam a dispersar a atenção a
partir dos de 20 minutos).
Para captar a atenção do público, é importante demonstrar,
logo de início, o interesse do assunto
e apresentar os resultados mais significativos
de modo a manter em suspenso a audiência.
Deve falar-se alto, de forma clara e recorrendo a uma linguagem técnica adequada ao assunto.
As pausas parecem sempre maiores a quem as faz do que a quem as ouve.
IV.
APÓS A
APRESENTAÇÃO
Depois da apresentação, devem ser respondidas com exatidão as
perguntas colocadas.
V.
ALGUMAS
DICAS RELATIVAS À ATITUDE A ADOTAR
Nunca deve ser feita publicamente referência a aspetos como a
falta de jeito ou prática para apresentar trabalhos orais porque é provável que
tal informação vá transmitir insegurança.
Sempre que uma determinada tarefa não foi concretizada, deverão
ser apresentadas prontamente as razões para tal. Explicar posteriormente,
nomeadamente após a colocação de uma pergunta, pode tornar-se muito mais
embaraçoso.
VI.
DICAS RELATIVAS
À COMUNICAÇÃO E LINGUAGEM NÃO VERBAL
Não é conveniente apresentar o powerpoint de costas viradas para a audiência.
O público deve
ser olhado de frente, o que vai aumentar não só a autoconfiança de quem
fala como a da assistência em quem fala. Para além disso, é possível, deste
modo, reagir mais prontamente a qualquer imprevisto ou reação do público.
Devemos olhar para
toda a audiência, mesmo que esta pareça não estar a ouvir. Devemos ainda evitar
olhar fixamente para uma determinada pessoa, já que se torna embaraçoso para
ela ter o orador a fitá-la com insistência. Se for possível, devemos mover-nos
pela sala, enquanto falamos, uma vez que tal atitude confere vivacidade à
apresentação e torna-a mais aliciante.
VII. DISPOSITIVOS DO POWERPOINT
O título dos
diapositivos deve conter no máximo 6
palavras.
O diapositivo não deve ultrapassar as 7 linhas de texto.
Se forem projetados quadros,
não deve recorrer-se a mais do que 4 colunas!
Bibliografia:
SERRANO, P. – Redação
e apresentação de trabalhos científicos. Lisboa: Relógio D´Água, 2004. ISBN
972–708–300–5
Faculdade de Ciências e Tecnologias, Universidade Nova
de Lisboa
Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Nova de
Lisboa